quinta-feira, 6 de maio de 2010

Lição 6 - Jovens e Adultos - 2º Trim/2010

Lição 6
09 de maio de 2010
AUTORIDADE DE DEUS

TEXTO ÁUREO
 "Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?" (Rm 9.21).

VERDADE PRÁTICA
    Em sua inquestionável soberania, Deus trata as suas criaturas como bem lhe aprouver. Submetamo-nos, pois, à sua perfeita, infinita e sábia vontade.

HINOS SUGERIDOS: 5, 141, 400

INTRODUÇÃO
    O capítulo 18 de Jeremias é conhecido como a Parábola da Soberania de Deus. A passagem talvez não seja muito apreciada pelos calvinistas extremados por mostrar que Deus, conquanto absoluto e inquestionável, não é arbitrário. Suas ações acham-se baseadas em suas bondades e perfeições.
    Que riquíssima lição sobre a eleição e a predestinação. Embora sejam estes temas tidos como incompreensíveis e complexos por algumas escolas teológicas, o Senhor, através da arte do oleiro, mostra serem ambos os temas perfeitamente compreensíveis e harmônicos.
    Desçamos à casa do Oleiro. E, aqui, em meio às ferramentas de seu ofício, conheçamos a soberana vontade de Deus consoante a Israel, aos gentios e à nossa própria vida.

I. A VISITA À CASA DO OLEIRO
    1. A casa do oleiro. Achava-se localizada, provavelmente, no extremo sul de Jerusalém, nas cercanias da Porta do Oleiro e do Vale dos Filhos de Hinon. Nesse logradouro, os oleiros desempenhavam suas atividades e, coletivamente, defendiam seus interesses.
    2. Seus instrumentos de trabalho. Posto que eficazes, eram bem simples os instrumentos dos oleiros: constituíam-se de duas rodas superpostas. A inferior, acionada com os pés, movimentava a superior, onde o oleiro colocava a argila, a fim de moldá-la de acordo com a sua concepção. E, assim, em movimentos simples, mas seguros, era o barro transformado em vasos e outras vasilhas tão úteis no dia-a-dia das senhoras hebréias
    3. A visita à casa do oleiro. Buscava Deus, com esta parábola, deixar uma importante lição para os filhos de Israel. Pensavam estes que, pelo simples fato de serem descendência de Abraão, achavam-se a salvo dos juízos e dos castigos divinos. O Senhor, porém, mostra-lhes que todos, judeus e gentios, nos encontramos sob a sua jurisdição. Assim como o oleiro tem poder sobre a argila, de igual modo trata-nos Deus consoante à sua soberania, levando sempre em conta, naturalmente, o livre-arbítrio com que Ele nos dotou.
    Para se compreender melhor a parábola do Oleiro, é necessário que se estude os capítulos nove, dez e onze da Epístola de Paulo aos Romanos. No capítulo nove, discorre o apóstolo acerca da eleição de Israel; no dez, fala sobre a rejeição de Israel como povo eleito; e no onze, trata da futura reconciliação de Israel com o Messias. Aos que não aceitam a forma como Deus trata com o seu povo, aduz Paulo: "Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?" (Rm 9.21).

II. A SOBERANIA DE DEUS
    A soberania de Deus é uma das mais difíceis doutrinas das Sagradas Escrituras. E só viremos a entendê-la corretamente, se nos mantivermos centrados nas Sagradas Escrituras, sem nos desviarmos nem para o predestinacionismo absoluto e cego nem para o chamado deísmo.
    1. Definição. A soberania de Deus é a autoridade inquestionável que Ele exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus, de tudo dispondo conforme os seus conselhos e desígnios. Sua soberania está baseada em sua onipotência, onipresença e onisciência. Deus é absoluto e necessário - todos precisamos dEle para existir; sem Ele, não há vida nem movimento
    2. Soberania não é arbitrariedade. A soberania é um instrumento legítimo de Deus, através da qual executa Ele toda a sua vontade, visando a plena consecução de seus decretos.
    Sendo infinitamente santo e justo, e Criador de quanto existe, tem o Senhor Deus autoridade sobre todas as criaturas morais, e tudo fará a fim de que o seu plano redentivo seja integral e perfeitamente cumprido. Deus jamais criaria uns para a salvação e outros para a danação eterna. Isto contrariaria os dois principais atributos de sua bondade: santidade e justiça.
    3. Eleição e predestinação. Como entender ambas as doutrinas? A predestinação é universal. Ou seja: Deus, em seu profundo e inigualável amor, predestinou todos os seres humanos à vida eterna (Jo 3.16). Por conseguinte, ninguém é chamado à vida para ser lançado no lago de fogo que, conforme bem o acentuou Jesus, fora preparado para o Diabo e aos seus anjos (Mt 25.41). Cumpre ressaltar, porém, que o fato de o homem ser predestinado à vida eterna não lhe garante a posse compulsória desta. É necessário creia ele no Evangelho e aceite e persevere em seguir a Jesus, a fim de que seja havido por eleito de Deus.
    Nossa eleição, portanto, tem como base a soberania e a presciência divinas: eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas(1 Pe 1.2).
    4. O profeta Jeremias e a soberania de Deus. No capítulo dezoito de Jeremias, o Senhor está a ensinar-nos uma grande lição: embora hajamos sido escolhidos para ser a sua particular herança, devemos cumprir as cláusulas da aliança que Ele conosco estabeleceu por intermédio de Cristo Jesus (Hb 12,23,24). Caso contrário: haveremos de ser reprovados como o foram os israelitas. Não basta ser filho de Abraão; é necessário fazer as obras de Abraão (Mt 3.9; Jo 8.39).

III. O CRENTE E A VONTADE DE DEUS
    É chegado o momento de encararmos com mais seriedade a soberania de Deus. O mesmo Oleiro que de uma argila disforme formou Israel, também chamou-nos de entre as nações, constituindo-nos um povo santo, especial e de boas obras (Tt 2.14).
    Como estamos encarando a soberania de Deus? Temos considerado a sua vontade? Ou achamos que, frágeis vasos, temos autoridade sobre o Oleiro? Humildemente, oremos: "Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu".

CONCLUSÃO
    É chegado o momento de nos submetermos à vontade de Deus. Ele é o Oleiro; nós, apenas a argila. De acordo com a sua soberania, estará trabalhando em nossas vidas. Uns, vasos de honra; outros, de desonra (2 Tm 2.20). Submetamo-nos, pois, à sua vontade, a fim de que Ele, de conformidade com o seu querer, opere abundantemente em nossa vida.


EXERCÍCIOS

RESPONDA


1. Qual o tema central do capítulo 18 de Jeremias?
R. A soberania de Deus.

2. O que é a soberania divina?
R.  É a autoridade inquestionável que Ele exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus, de tudo dispondo conforme os seus conselhos e desígnios.

3. Qual a diferença entre soberania e arbitrariedade?
R.  A soberania é um instrumento legítimo de Deus, através da qual executa Ele toda a sua vontade, visando a plena consecução de seus decretos. Deus não é arbitrário, pois Ele não anula o direito do homem fazer suas escolhas.

4. Com que base fomos nós eleitos por Deus?
R. Nossa eleição tem como base a sua soberania e presciência. 


5.  Por que devemos orar intercessoriamente.
R. Porque neste capítulo o Senhor ensina que embora tenhamos sido escolhidos para ser a sua particular herança, devemos cumprir as cláusulas da aliança que Ele conosco estabeleceu por intermédio de Cristo Jesus. Caso contrário: haveremos de ser reprovados, como os israelitas o foram.


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